Novo parâmetro de influência no mercado
Segundo pesquisa da Letsheal, consultora de relações entre consumidores e marcas, disponível no jornal Correio Braziliense, 74% de 24 mil pessoas consideram que ajudar os outros e contribuir com uma causa maior como principais sentidos da existência humana, unir essa missão a uma qualificação com tempo de duração reduzido e alta possibilidade de empregabilidade se faz vantajosa em um mercado de trabalho em constante crescimento.
O Terceiro Setor é um conjunto de atividades voltadas para o bem-estar da social por meio de ações não governamentais, com o objetivo de reger os mecanismos que financiam projetos a favor da sociedade. Sua atuação é dividida entre entidades estatais, privadas e organizações sem fins lucrativos, como Organizações não Governamentais (ONGs), com seus serviços voltados para áreas de educação, saúde, meio ambiente, cultura, lazer, entre outros; e Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que atuam em parceria com o poder público para obter recursos voltados ao desenvolvimento de projetos.
Focado em administração de finanças, recursos e orçamentos públicos voltados a projetos sociais o Curso Superior Tecnológico (CST) em Gestão de Organizações do Terceiro Setor traz em seu currículo o planejamento e produção de projetos, gerenciamento de pautas e ações voltadas para movimentos voluntários, com disciplinas em Recursos Humanos, Contabilidade, Finanças e Marketing. A capacitação possui uma carga horária de 1.880 horas, com duração aproximada de 2 anos.
Um perfil adaptável é desejado ao ingressar nessa área, considerando que o profissional precisa transitar entre o gerenciamento administrativo e financeiro, sendo capaz de cultivar habilidades em diversas outras áreas conectadas com a gestão de uma entidade, como marketing, diagnóstico e solução de demandas sociais e consultoria.
A gestão de terceiro setor se difere ao lidar com atividades antropológicas específicas, como por exemplo, o engajamento de causas, projetos de impacto social, diminuição de desigualdade, compreensão do contexto sociopolítico do país e voluntariado. Com isso, ações envolvendo acervos, administração e captação de recursos financeiros assim como prestação de contas, que devem seguir os padrões de transparência da entidade fazem parte da rotina desse profissional.
Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e a pesquisa Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) do IBGE, existem entre 236 mil ONGs e 781 mil OSCs, nacionalmente ativas. Além disso, o Mapa das Organizações da Sociedade Civil atesta que 2 milhões de brasileiros estão empregados no terceiro setor.
A busca do propósito na carreira, assim como o desejo dos profissionais de sentirem satisfação com o papel que exercem tem crescido exponencialmente. Esse fator, em conjunto com o crescimento do número de organizações voltadas para atividades socioambientais, criou um cenário propício para o profissional do terceiro setor, que conta com a expertise e versatilidade necessária para assegurar o acesso da população aos direitos descritos pela legislação.